RELACIONAMENTOS - FICAR OU PARTIR?
Em um relacionamento afetivo, duas pessoas com histórias de vida diferentes, se encontram em algum momento da vida, se apaixonam e resolvem caminhar lado a lado. Tudo é muito bom, há muita felicidade, respeito e admiração, até que tudo aquilo que parecia ser pura afinidade começa a causar estranhamento. O jeito de apertar a pasta de dentes, os respingos de água na pia, a arrumação do armário, a cama mal arrumada. E então descobrimos que aquela pessoa não é bem como pensávamos ser. Começam as discussões, os enfrentamentos desnecessários e o distanciamento como estratégia de lidar com o diferente. Tudo o que o outro diz e faz tem a finalidade de nos agredir e nos punir. O final é conhecido, tantos relacionamentos desfeitos, crianças divididas entre os pais, sofrimento. Existem várias estratégias desenvolvidas para lidar com os problemas do relacionamento, que não funcionam e conduzem a relação ao fim. Comunicação ruim, silêncios, fugas e traição, dentre tantas outras. Os casais personalizam, acreditam que o que o outro faz é para machuca-la, "o outro faz isso porque é comigo, fosse outro em meu lugar ele ou ela teria outra conduta". Mas isso não é uma forma realista de pensar, o outro faz o que faz porque suas crenças são ativada pela forma como nós agimos. E o inverso também é verdadeiro. O comportamento do outro também ativa nossas crenças. Reagimos não a como o outro se comporta, mas sim pelo jeito que interpretamos as atitudes dele. Também cometemos vários erros de pensamento com relação ao que o outro faz, adivinhamos seus pensamentos, generalizamos, rotulamos e catastrofizamos.
E se aprendêssemos a compreender o outro, se agíssemos de forma assertiva para não acionar as crenças disfuncionais do o parceiro, e se ele fizesse o mesmo por nós? E se praticássemos a aceitação do outro e de nos mesmos? Poderíamos salvar tantos relacionamentos fadados ao insucesso. Partir deve ser a decisão a ser tomada, quando chegarmos à conclusão de que não fomos aceitos, apesar de termos promovidos mudanças e melhorias em nós mesmos, e termos chegado próximo do melhor que podemos ser. Isso serve para ambos os lados. A Terapia Cognitiva Comportamental tem instrumentos para ajudar nos problemas de relacionamentos, basta que você esteja aberto para o aprendizado e para mudanças.
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